sábado, 11 de maio de 2013

Vergonha Nacional

Brasil Investe em Laboratório de Experimentação Animal


Eu me recuso a chamá-los de cobaias, para mim são seres como nós, que amam, sofrem, sentem dor, medo e tristeza. No mundo inteiro, animais são usados, torturados e mortos para a criação de cosméticos, produtos de limpeza, remédios e outros produtos que as espécies a qual pertencem jamais usarão. Sou contra qualquer tipo de teste em animais, independente do fim para o qual se destinem.
Visando lucros e almejando ser referência na América Latina em atrocidades contra animais, o Brasil vem investido em um projeto monstruoso de experimentação animal. Em negrito, colocarei o nome das empresas que estão envolvidas nessa crueldade.
Segue abaixo trechos de uma matéria sobre o assunto, embora eles se posicionem descaradamente à favor dos testes, há informações importantes sobre o assunto. Os trechos foram retirados do site: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=85841

"Os testes de toxicidade são uma etapa importante no processo de desenvolvimento de um remédio porque comprovam ou não a sua eficácia, antes de serem testados em humanos. Atualmente, os laboratórios locais terceirizam esse serviço em outros países, sobretudo nos EUA. Empresas brasileiras e universidades federais do país até fazem esse trabalho, mas os registros desses medicamentos não têm reconhecimento internacional.

Localizado em Florianópolis, em uma área de 7 mil m2 dentro do Parque de Inovação Sapiens, o centro faz parte de um programa maior do governo federal - a Rede de Ensaios Pré-Clínicos, criada para fomentar a cadeia de desenvolvimento de um medicamento, desde a pesquisa básica (identificação de moléculas), fases pré-clínicas (testes em animais) e clínicas (em humanos) até a sua comercialização. A inauguração desta primeira unidade é vista como crucial pelo governo federal: apesar de ser um dos dez maiores mercados consumidores de medicamentos do mundo, o Brasil ainda é dependente da importação de farmoquímicos e medicamentos acabados.

É também um desdobramento da estratégia do governo de construção de uma indústria farmacêutica nacional forte, iniciada no ano passado com a criação da Bionovis (formada por Aché, Hypermarcas, EMS e União Química) e a Orygen Biotecnologia (Biolab, Eurofarma e Cristália), que receberão aportes federais para desenvolver no próximo triênio sete produtos biossimilares - a versão genérica de medicamentos biológicos.
 A expectativa é que a realização desses testes no Brasil reduza entre 30% a 40% os custos de fabricação de remédios no país, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Não é pouca coisa. Os estudos pré-clínicos respondem por cerca de 10% a 15%, dependendo da sua complexidade, do US$ 1 bilhão em geral investido pela indústria para colocar uma nova droga na prateleira.
 A estratégia de desenvolver tecnologia nacional foi costurada pelos Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Saúde, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outras quatro unidades fazem parte do programa: o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos, com a Universidade Federal do Ceará; o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, com a Fiocruz (RJ) (que devem ser inaugurados nos próximos meses); o Instituto Royal, em São Roque (SP); e o Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, os últimos dois já em operação.

Em Florianópolis estarão disponíveis para pesquisa científica 20 laboratórios e dois biotérios - local onde são criados os animais usados como cobaias. O primeiro, com inauguração prevista até abril, será destinado a roedores - ratos e camundongos, os primeiros na linha de sucessão de testes. O segundo, com previsão de abertura no fim deste ano, abrigará cães, coelhos, porcos e primatas, animais com fisiologia mais próxima à do homem e que, por esse motivo, são utilizados após os roedores no refinamento da pequisa por provas de eficiência química.
Os testes em animais são uma prática consolidada mundialmente na indústria, que os considera indispensáveis no processo de desenvolvimento de medicamentos. Mas nem por isso estão longe de polêmicas. Para grupos de defesa animal, tratam-se de crimes cometidos por maus tratos, apesar da obrigatoriedade de comitês de ética para supervisionar os procedimentos, e sem necessidade."

"Já existem inúmeros métodos eficientes e eficazes que podem e já estão sendo usados nessa área. Mas os animais continuam sendo usados porque são mais baratos", afirma Carlos Rosolen, do Projeto Esperança Animal (PEA), o equivalente brasileiro à poderosa People for the Ethic Treatment of Animals (Peta), dos EUA. "Quando nos referimos a animais, partimos do pressuposto que são vidas, sentem dor, medo e tudo que podemos sentir."

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